Nova fase política na Bahia transforma cenário e redefine alianças

A política na Bahia atravessa um momento de renovação e reestruturação, marcado por adesões, realinhamentos e transformações que ultrapassam as tradicionais disputas partidárias. O novo sentimento que emerge nos territórios reflete mudanças profundas na forma de governar e na construção das lideranças locais.
No centro dessa movimentação, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, enfrenta um desafio cada vez mais evidente. Antes mesmo do início oficial da campanha, sua base política já demonstra sinais de desgaste. O clima de desconfiança e incerteza entre aliados compromete a solidez do grupo, com lideranças tradicionais se afastando e prefeitos buscando novos caminhos. Esse cenário reforça uma sensação de derrota precoce, que se espalha antes mesmo da primeira votação.
Enquanto isso, o governador Jerônimo Rodrigues consolida sua posição e amplia seu apoio com diálogo e estratégia. Cada vez mais atentos ao cenário estadual, os prefeitos vêm se aproximando de um campo político baseado na escuta, na articulação e na presença constante. O modelo adotado por Rodrigues não se limita a acordos institucionais, mas também promove a identificação com um projeto considerado estável e alinhado com os interesses municipais.
Por outro lado, ACM Neto enfrenta dificuldades para manter sua base. Seu estilo de liderança, caracterizado por uma abordagem centralizadora e autoritária, tem gerado insatisfação entre aliados. Prefeitos e lideranças regionais que antes o apoiavam agora expressam frustração com a falta de compromisso e diálogo. O enfraquecimento do grupo reflete uma postura política percebida por muitos como distante e desconectada das demandas reais.
A população baiana sinaliza que deseja um novo modelo de gestão. O tempo das promessas vazias e do marketing político parece ter chegado ao fim. O que se busca agora é presença, coerência e um caminho que ofereça estabilidade para o futuro. Esse movimento tem incentivado prefeitos de diversas regiões a migrarem para a base de Jerônimo Rodrigues.
Com a ampliação de seu espaço político, o governador fortalece sua posição, enquanto ACM Neto vê seu território e influência diminuírem. Seu projeto, antes considerado imbatível, parece cada vez mais distante da nova realidade política da Bahia.