Dois anos após o crime, acusados pela morte da cantora gospel Sara Freitas vão a júri popular nesta terça-feira (25)
Dois anos após o assassinato da cantora gospel Sara Freitas, três homens apontados como envolvidos no crime serão julgados nesta terça-feira (25), a partir das 8h, no Tribunal do Júri do Fórum Criminal de Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador.
Sentarão no banco dos réus o ex-marido da vítima, Ederlan Santos Mariano, apontado como mandante do assassinato; Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como bispo Zadoque; e Victor Gabriel Oliveira Neves. Eles respondem por feminicídio qualificado — por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima —, além de ocultação de cadáver e associação criminosa.
Sara Freitas foi morta com mais de 20 facadas e teve o corpo carbonizado. A cantora desapareceu por quatro dias antes de ser encontrada morta, no dia 27 de outubro de 2023, às margens da BA-093, em Dias D’Ávila.
As investigações apontam que Ederlan encomendou o assassinato da então companheira, com quem tinha uma filha. O relacionamento era marcado por violência psicológica e emocional. A criança segue sob cuidado da família paterna. Ainda segundo a polícia, Weslen Pablo foi o responsável pelos golpes de faca, enquanto Victor Gabriel imobilizava a vítima.
Além dos três acusados que irão a júri nesta terça, um quarto envolvido já foi condenado. Gideão Duarte de Lima, que atraiu Sara até o local onde ela foi emboscada, foi sentenciado em abril deste ano a 20 anos, 4 meses e 20 dias de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e associação criminosa. O julgamento dele, realizado individualmente, durou cerca de 12 horas.
Por conta da complexidade do caso e do número de réus, a expectativa é que o julgamento iniciado nesta terça não seja concluído no mesmo dia. Os três acusados seguem presos preventivamente e admitiram ter dividido os R$ 2 mil que teriam recebido de Ederlan para executar o crime.